Indonésia
Irmãos vamos orar pela Indonésia para Jesus resgatar muitas almas para o seu reino.
Indonésia
A situação em que os cristãos se encontram na Indonésia é diversificada. Enquanto não há muita esperança relacionada com o novo presidente eleito e suas declarações públicas relativas às minorias religiosas, grupos extremistas muçulmanos continuam agindo com violência contra as minorias, especialmente os cristãos, que estão em determinadas regiões do país, em extrema perseguição. Como outros cristãos – que vivem em outras regiões – podem participar e realizar cultos e reuniões livremente, a Indonésia permanece classificada muito abaixo na Classificação da Perseguição Religiosa.
Na maioria dos casos, a perseguição não é impulsionada pelo governo federal, mas por grupos radicais islâmicos que exigem a tomada de medidas contra os cristãos e outras minorias religiosas. As autoridades locais em todo o país tendem a ceder a fim de manter a paz social como os grupos radicais: o Hizb-ut Tahrir Indonésia, a Frente de Defesa Islâmica e a Frente Islâmica.
Estas organizações têm usado interpretações religiosas rigorosas e exclusivas para justificar a aplicação da lei Sharia e da violação dos direitos das minorias religiosas. Alguns desses grupos supostamente contaram com o apoio tácito de políticos e partidos em Jacarta, uma prática que pode continuar. Universidades são conhecidas como focos da radicalização islâmica. Não só os cristãos são afetados por grupos radicais islâmicos, mas grupos minoritários muçulmanos como Ahmadis também.
Além disso, a Indonésia é conhecida por ser um dos países mais corruptos do mundo, apesar de sua posição na lista de Transparência Internacional ter melhorado nos últimos anos. Por conta da falta de vigilância contra a corrupção, os membros da polícia e até mesmo alguns membros dos grupos radicais islâmicos estão supostamente envolvidos no crime organizado. Verdade ou não, as minorias sofrem especialmente nestas circunstâncias, já que tendem a ser excluídas dos sistemas sociais paternalistas e se tornam ainda mais vitimizadas pelo sistema. Isto acontece também com a minoria cristã.
Todos os grupos cristãos estão representados na Indonésia. Os cristãos são encontrados em todas as regiões do país e em algumas províncias até mesmo representam a maioria, como em Papua ou regiões de Sulawesi. Em outras regiões, eles têm de viver sob a Sharia (lei islâmica) ou sob o estatuto social islâmico. A contínua migração de trabalhadores muçulmanos principalmente javaneses representa um desafio para todos cristãos.
Violência contra os cristãosA violência contra os cristãos permanece em um nível comparativamente elevado e em 2014 mais de trinta igrejas de diferentes denominações foram total ou parcialmente destruídas e fechadas. Com exceção da igreja católica (que pouco sobre com a perseguição religiosa no país) outras igrejas devem ficar fechadas, como a Igreja Yasmin GKI, em Bogor. Apesar de uma decisão da Suprema Corte em 2012, nem o prefeito nem o governo nacional foram capazes ou se dispuseram a fazer valer o direito dos cristãos para prestar culto a Deus. Os cristãos de origem muçulmana, uma vez descobertos, enfrentam o abuso físico e às vezes eles e suas famílias têm de fugir de suas casas, por serem ameaçados de morte ou acusados de proselitismo.
Última atualização em 7/1/2015



A Perseguição
A Constituição reconhece a liberdade religiosa e o governo geralmente a respeita. Igrejas podem ser edificadas e escolas podem ter cursos cristãos no currículo. Até alguns feriados cristãos são celebrados nacionalmente. Entretanto, existe um claro favorecimento aos muçulmanos. Na posição de país com a maior população islâmica do mundo, as autoridades se veem obrigadas a atender aos desejos das entidades e líderes islâmicos.
Alguns desses líderes usam de meios legais para oprimir a Igreja. Isso fez com que várias congregações fossem fechadas. Há uma lei que diz que, se a comunidade se opõe a uma igreja, esta pode ser fechada.
Além disso, há os radicais muçulmanos que incitam a violência contra os cristãos, atacando-os com violência. O governo tem lutado contra grupos extremistas, levando a julgamento aqueles que comentem atos terroristas contra as comunidades cristãs ou a população em geral. Há uma forte pressão para que a sharia (lei islâmica) seja implementada no país. Atualmente, Aceh é a única província autorizada a usar a sharia, mas governos fora da província promulgaram leis incorporando elementos da sharia, o que suprimiu os direitos das mulheres e das minorias religiosas. O governo central não usou sua autoridade constitucional em assuntos religiosos para rever ou derrubar essas leis regionais.
As pessoas de minorias religiosas, como os cristãos, experimentam discriminação em serviços públicos, como emissão de certidão de nascimento, casamento e carteira de identidade. Os ex-muçulmanos são o grupo que mais sofre. Eles se tornam alvos fáceis da hostilidade de familiares, da sociedade e de funcionários públicos. A sociedade, em geral agitada pelos muçulmanos fundamentalistas, apresenta uma tolerância cada vez menor às pessoas que abandonam o islamismo por outra religião.
Mais ao leste, a cidade-ilha de Ambon e outras partes da província de Molucas são palco de recentes choques e distúrbios sectaristas. No início de 1999, o adolescente Roy Pontoh, de apenas 15 anos, foi esquartejado na frente dos membros de sua igreja, durante um retiro. A Indonésia tem uma longa tradição de violência religiosa entre muçulmanos e cristãos. A região de Poso, cujos conflitos deixaram mais de mil mortos e deslocaram milhares de pessoas, transformou-se em um campo de batalha entre os anos de 1999 e 2001. Nos últimos anos, os cristãos têm sofrido mais pressão. O islamismo avança no país.
História e Política
A Indonésia está localizada no sudeste do continente asiático e é o mais extenso arquipélago do planeta, estendendo-se desde o Oceano Índico até o Pacífico. Abrange cerca de 13.700 ilhas, das quais seis mil são inabitadas. Em geral, as ilhas apresentam planícies costeiras e montanhas no interior. Densas florestas estão presentes em dois terços do território indonésio. Seu nome significa "ilhas das Índias", por causa da sua proximidade com a Índia, e teria sido dado por um etnólogo alemão.
Estima-se que a presença humana na região data de cerca de 4 mil anos a.C., mas foi encontrado em Java um fóssil de cerca de 1,5 milhão de anos, denominado Homem de Java. A partir do século V d.C., reinos budistas e hindus passaram a se revezar no poder, até que comerciantes muçulmanos começaram a divulgar o Islã na Indonésia, nos séculos VIII e IX. No século XIII já havia estados islâmicos estabelecidos ali. Os portugueses chegaram ao país em 1511, através das grandes navegações, e passaram a controlar o comércio marítimo na região, mas logo (final do século XVII) foram substituídos pela Companhia das Índias Orientais holandesas, que dominaram e colonizaram as ilhas.
Durante a Segunda Guerra Mundial, a Indonésia foi dominada pelos japoneses. Com a derrota deles na guerra, o país se viu livre para declarar sua independência do julgo holandês. A independência do país só foi reconhecida pelos holandeses em 1949, após confrontos militares entre ambos os países. Em 1979, a Indonésia invadiu o Timor Leste, aproveitando-se da saída dos portugueses do país. O Timor ficou sob domínio indonésio até 1999.
Em 2005, a Indonésia chegou a um acordo de paz histórico com separatistas armados de Aceh, o que levou às eleições democráticas em dezembro de 2006. A história recente do país é marcada por desastres. O tsunami de 2004 matou 167.700 pessoas. Em 2006, o país foi sacudido por um terremoto na província de Yogyakarta, que deixou mais de cinco mil mortos e 32 mil feridos. No mesmo ano, um "vulcão de lama", causado por um acidente industrial, começou a tomar conta da cidade de Sidoarjo e desalojou mais de 11 mil pessoas.
População
Mais de 237 milhões de pessoas vivem no país. A Indonésia é considerada o lar da maior população muçulmana do mundo. A população varia de agricultores de subsistência na zona rural à moderna elite na zona urbana.
Cerca de 300 tribos originárias da Ásia se espalharam pelas ilhas e habitaram o arquipélago. Hoje há mais de 300 etnias, que falam mais de 500 dialetos diferentes. As ilhas mais densamente povoadas da Indonésia são Java, Bali e Madura, onde vive mais de 60% da população. As pessoas geralmente vivem ao longo da costa dessas ilhas ou nos vales banhados por rios.A maioria desses grupos ainda não foi alcançada pelo evangelho.
Economia
A economia da Indonésia é considerada a maior do sudeste asiático e uma das maiores emergentes do mundo. Tem uma economia de mercado na qual o governo desempenha um papel central, contando com mais de 160 empresas estatais. Atualmente, o país se esforça para diminuir a pobreza, evitar o terrorismo, consolidar a democracia (depois de quatro décadas de autoritarismo), implementar reformas no setor econômico e conter a corrupção.
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